segunda-feira, junho 05, 2006

Mudanças nos Ecosistemas - Conclusão

Durante os últimos 50 anos, os seres humanos alteraram a estrutura e o funcionamento dos ecosistemas de modo mais rápido e em uma amplitude superior a qualquer outro período na história da humanidade. Estas mudanças foram levadas a efeito para satisfazer a demanda crescente de alimentos, água doce, madeira, fibra e combustíveis. Entre 1960 e 2000, a demanda por utilidades dos ecosistemas cresceu significativamente ao mesmo tempo em que a população mundial dobrou e a atividade econômica mundial se multiplicou por 6. As demandas vêm sendo satisfeitas mediante o consumo cada vez maior dos recursos disponíveis ou pelo aumento da produção de algumas utilidades, áreas de cultivo e criação de gado. O resultado de tudo isso tem sido uma perda substancial e, em grande parte, irreversível da diversidade da vida na Terra.
As alterações provocadas nos ecosistemas têm contribuido para ganhos substanciais no bem estar humano e no desenvolvimento econômico da maioria dos países. A utilização de ecosistemas através da agricultura, da pesca e do cultivo de florestas tem sido a base do desenvolvimento durante séculos, proporcionando ganhos que permitiram a industrialização e a redução da pobreza. No entanto, as ações para incrementar o uso de uma determinada utilidade de um ecosistema causaram a degradação de outras utilidades, a perda do capital natural, o aumento da pobreza e das desigualdades sócio-econômicas.Este problema, se não tratado a tempo, reduzirá substancialmente os benefícios a serem extraídos dos ecosistemas. Atualmente a maior parte das utilidades dos ecosistemas estão sendo degradados ou são utilizados de modo insustentável. A água doce, por exemplo, vem sendo usada em quantidades maiores do que é sustentável.
Nos cenários desenvolvidos para a Avaliação dos Ecosistemas do Milênio, as pressões crescentes sobre os ecosistemas durante a primeira metade do século XXI, resultarão em um forte aumento do consumo, uma perda contínua da biodiversidade e uma maior degradação das utilidades dos ecosistemas. A maioria dos geradores de mudanças provàvelmente permanecerão constantes ou se intensificarão na maioria dos ecosistemas.
As ações necessárias para inverter a degradação são muito maiores do que as que estão sendo adotadas hoje em dia. As ações levadas a efeito no passado para reduzir ou inverter a degradação dos ecosistemas têm gerado benefícios significativos, porém de modo geral estas melhoras não seguiram o mesmo ritmo do crescimento das pressões e demandas. A degradação dos ecosistemas não pode ser invertida sem levar em conta os cinco grandes geradores de mudanças: aumento e migração de populações, atividade econômica (crescimento da econômia, diferença de riquezas e padrões de comércio), fatores sócio-políticos, fatores culturais e avanços tecnológicos.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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9:26 AM  

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