segunda-feira, maio 08, 2006

O bioma Caatinga

Caatinga - O bioma Caatinga

A caatinga ocupa uma área de 900000 km2 aproximadamente. É um cenário árido, com índices pluviométricos em torno de 500 a 700 mm anuais. A temperatura média se situa entre 23 e 24 graus Celsius e é batida por ventos fortes e secos. O sol forte acelera a evaparação da água, sendo os meses de janeiro a março o período das chuvas. O solo raso e pedregoso não armazena água, sendo as áreas próximas às serras as de maior abundância de chuvas e as únicas apropriadas à agricultura.
A irregularidade climática é característica e nem sempre chove no verão (janeiro/março). Nas regiões mais altas do planalto as variações diárias de temperatura e umidade podem ser bastante pronunciadas, sugeitas à ação do vento a ao regime das secas.
Os rios que cruzam a caatinga são o Parnaíba e o Sâo Francisco, sendo que aqueles cujas nascentes encontram-se na caatinga permanecem secos a maior parte do ano.
O solo é relativamente fértil e rico em recursos genéticos devido à sua elevada biobiversidade. No período das chuvas o colorido diversificado das flores constrata com o aspecto agressivo da vegetação. Não é uma região madereira. Nos últimos anos áreas enormes vem se transformando em deserto devido ao corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal. A formação vegetal constitue-se de árvores baixas e arbustos que perdem as suas folhas na estação das secas. São características também as espécies cactáceas.
A degradação ambiental vem sendo irreversível na caatinga . Sendo o ambiente adaptado ao calor e a seca, não resiste à ação humana desordenada, já que o seu processo de recuperação natural é bastante lento. A fauna da caatinga sofre grandes prejuízos devido a caça e às perdas de seu habitat.
De acordo com o IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, é urgente o combate à degradação da caatinga e a promoção do seu uso sustentável.
O uso da lenha e do carvão vegetal correspondem a 30% da matriz energética usada nas indústrias da região, o que vem agravando o desmatamento e a conseguente degradação ambiental. A insustentabilidade é flagrante, como se constata pela desertificação de extensas área da caatinga, algo já superior a 17% da região.
Na formação original permanece ainda 50% de todo o bioma. Uma riqueza incalculável, fonte abundante de plantas medicinais e de materia prima para a indústria de cosméticos. Não há nenhum projeto de exploração sustentável ou mesmo de pesquisa e estudo de suas enormes potencialidades.