sexta-feira, julho 14, 2006

O Hidrogênio como Vetor Energético

O I Encontro Brasileiro de Energia do Hidrogênio ocorrerá nos dias 28 a 30 de agosto, no Rio de Janeiro e, em São Paulo, nos dias 31 e 01 (agosto e setembro).
Neste encontro serão abordados temas relacionados à Produção do Hidrogênio, a partir do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia do Hidrogênio, à Distribuição, Segurança e Normas do Hidrogênio e, no dia 30, Outras Aplicações do Hidrogênio. Isso no Rio de Janeiro, em São Paulo serão abordadas questões relacionadas à Aplicação do Hidrogênio em Células a Combustível.
A partir de 1999 o governo brasileiro, através do Ministério de Ciência e Tecnologia, tem apoiado o desenvolvimento do processo de reforma do etanol para produção de hidrogênio. Este apoio estimulou projetos e programas de pesquisa envolvendo células a combustível e produção de hidrogênio. Em 2002 foi elaborado o Programa Brasileiro de Hidrogênio e Sistemas Células a Combustível - Procac, com o objetivo de viabilizar o desenvolvimento nacional da tecnologia do hidrogênio e de sistemas células a combustível, de modo a tornar o Brasil um produtor internacionalmente competitivo nesta área, o que envolve além do desenvolvimento da tecnologia das células, a produção, o armazenamento e a distribuição do Hidrogênio.
Células a Combustível são dispositivos eletroquímicos que convertem um combustível, no caso hidrogênio, diretamente em energia elétrica.
Instituído em novembro de 2002, o Procac tinha como objetivo promover ações integradas e cooperadas para viabilizar o desenvolvimento nacional de tecnologias de sistemas de células a combustível. Para tanto o Brasil tornou-se membro do IPHE - International Partnership for the Hidrogen Economy, criado em novembro de 2003, visando a implementação da economia do hidrogênio. Ao instituir o seu Roteiro para Estruturação da Economia do Hidrogênio no Brasil, o Ministério de Minas e Energia buscava estruturar o programa de trabalho sob a forma de redes de pesquisa e desenvolvimente de modo a implementar redes de informação, formação e capacitação para o desenvolvimento tecnológico. De igual modo buscou incentivar a disseminação dos sistemas de células a combustível com a participação da indústria e dos consumidores ao mesmo tempo em que procurou promover a incubação de empresas através da transferência de tecnologia a partir das universidades e centros tecnológicos.
Para a produção do hidrogênio busca-se fontes renováveis, com o foco para o etanol a partir da biomassa da cana de açucar, utilizando-se o vapor deste combustível (etanol).
A geração de energia elétrica, tendo o hidrogênio como combustível, centra-se em células de
5 kw, 50 kw e 200 kw. Estas células de combustível poderão ser utilizadas para o fornecimento de energia elétrica para grandes consumidores, como instalações industriais, hospitais, laboratórios de pesquisa e outros. Um esforço específico visa o transporte urbano, ônibus e veículos de entrega rápida.
Na matriz energética brasileira, a hidroeletricidade representa 14,6 %, o uso de lenha/carvão vegetal responde por 12,9. %. O petróleo é o principal item com 40,2 %.
O atual programa brasileiro é dividido em 4 subprogramas: o etanol e biomassas; a água; o gás natural e a busca por processos alternativos. O etanol é a fonte primária para a produção do hibrogênio devido ao dominio brasileiro das tecnologias para a produção do álcool e sua utilização. Para informações acesse http://www.ebeh.int.gov.br/programacao1.php