sábado, janeiro 13, 2007

Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima - II

Para uma redução significativa das emissões a prazo longo é necessário o uso de novas e mais eficientes tecnologias. Isso vem sendo feito no desenvolvimento de sistemas combinados de calor e energia e nos avanços na economia do hidrogênio e em sistemas de células a combustíveis.
Estimativas da UNFCCC indicam que melhorias tecnológicas podem permitir uma redução nos índices de emissões aos níveis anteriores a 2000, antes de 2020.
São muitas as opções tecnológicas disponíveis. Não apenas medidas para redução de emissões, mas, tão importantes quanto, para adaptar-se aos fenômenos conseqüêntes da elevação da temperatura média, das alterações nas estações do ano, bem como da maior freqüência dos eventos atmosféricos extremos.
Nos anos que se seguiram a Convenção foram realizados estudos para avaliar os efeitos do aquecimento global, quando foram elaborados vários cenários possíveis a médio e longo prazo. Ainda que insuficientemente detalhados para determinar os principais efeitos, foram importantes para estabelecer as opções e prioridades para a adaptação.
Nos anos mais recentes os estudos foram baseados no coeficiente de vulnerabilidade, considerando a variabilidade climática registrada e a forma como as populações estão se adaptando. Foram incluídos a avaliação dos riscos a partir de cenários mais detalhados que envolvem as mudanças observadas tanto no ambiente natural quanto no ambiente sócioeconômico, que permitem maior acuidade no esforço de antever o futuro.
Ao longo desses anos vem sendo registrado uma maior atividade de governos e ONGs em colaboração com os meios científicos no esforço de sensibilizar a opinião pública de modo a conseguir uma melhor compreensão e maior participação, transformar uma preocupação abstrata em uma experiência vivida.
O Protocolo de Quioto veio com o objetivo de garantir a implementação e a verificação adequada da aplicação de medidas relacionadas à Convenção. Por seu intermédio foram viabilizados os recursos financeiros necessários às medidas de redução de emissões. Em 2001 tornou-se realidade o MDL - Mecanismo do Desenvolvimento Limpo, através do qual os países industrializados podem financiar projetos de mitigação nos países em desenvolvimento, que contribuam para o desenvolvimento sustentável. Os créditos recebidos nos projetos podem ser utilizados para o cumprimento dos compromissos assumidos no Protocolo. De igual modo foi estabelecido que países industrializados podem adquirir créditos de emissão apoiando financeiramente projetos de outros países industrializados. É possivel ainda o comércio dos direitos de emissão, que autoriza os países que não cumpram as metas de redução a comprarem quotas não utilizadas por outros países. Essas três modalidades constituem o mercado de carbono.
O aquecimento da Terra e a mudança climática constituem hoje a mais séria ameaça à humanidade, excluídas as guerras com o uso de armas de destruição em massa. Para o seu tratamento é necessário um planejamento vigoroso e detalhado que seja flexível e facilmente adaptável, de modo a permitir a cada país avançar de acordo com suas características nacionais.
O objetivo é estabilizar a concentração de gases de efeito estufa em um nível que impeça a interferência humana, negativamente, no sistema climático.