terça-feira, janeiro 23, 2007

Mudança do Clima - Modelos de Projeção

Em razão da complexidade do sistema climático mundial previsões precisas são muito difíceis de serem feitas. Os que os modelos buscam é reduzir os níveis de incerteza, é permirir a elaboração de cenários alternativos que reflitam a dimensão do problema de modo a mobilizar governos, e público em geral, para a adoção de medidas de mitigação e de adaptação.
Todos os países precisam adotar políticas públicas para combater o aquecimento de Terra, mas em circunstâncias diferentes. As emissões de GHG são muito distintas entre países e regiões de geografia e cultura desiguais.
As informações disponíveis e necessárias para o processo decisório são incompletas e suas conseqüencias somente poderão ser observadas no longo prazo. Essa é uma das maiores dificuldades. Os planos econômicos, no atual estágio do aquecimento global, devem levar em conta as mudanças climáticas que afetam a totalidade das economias nacionais em um interelacionamento a nível global. Não existem fronteiras na natureza e esse é outro problema. Planos e medidas nacionais cada vez mais precisam ser fundamentados em dados internacionalmente comparados. A Conferência das Partes é uma resposta a essas dificuldades e vem buscando melhorar a qualidade e a coerência das informações (cada país participante é Parte da UNFCCC e são coordenados por sua Secretaria Geral).
Os inventários de emissões de gases (GHG) são feitos regularmente e é através deles que se procura realizar estimativas de emissões e suas tendências. Há aqui outra dificuldade, os informes dos países em desenvolvimento são menos precisos, o que leva à necessidade de estabelecer um sistema internacional de informações climáticas baseado em inventários anuais e na igual preparação das comunicações nacionais e na avaliação técnica de cada uma delas.
Os países em desenvolvimento têm problemas para apresentar os seus informes, particularmente a falta de dados de alta qualidade e a dificuldade em garantir a continuidade e estabilidade na preparação dos inventários nacionais. A assistência técnica e financeira a esses países é prestada com o apoio do Fundo para o Meio Ambiente Mundial e seus organismos de execução, como também por programas multilaterais e bilaterais adicionais, muitos a partir de iniciativas da OCDE.
O Protocolo de Quioto distingue os países em Parte AnexoI e Parte NãoAnexoI. Os primeiros possuem compromissos de redução de emissões e vêm apresentando uma constante melhoria na qualidade de seus inventários, o que amplia e melhora a assistência técnica às Partes NãoAnexoI que, se são desobrigadas de compromissos, devem, ou deveriam, apresentar seus inventários.
De modo geral os níveis de emissões aumentam com o PIB per capita, embora não haja uma correlação entre o volume do PIB e o total das emissões. Alguns países mais ricos são muitas vezes menores emissores do que outros de nível econômico inferior.
As variações registradas indicam algumas circunstâncias nacionais, como por exemplo o crescimento econômico, maior em alguns países e que pode estar associado ao aumento das emissões, embora não seja uma regra quando a comparação é feita entre as Partes AnexoI e Partes NãoAnexoI.
Os países em transição apresentaram reduções significativas nos níveis de emissões, mas experimentaram diferentes crises economicas, sem relação entre si. Também são diferentes as medidas que cada um adotou para reduzir as emissões.
São muitos os fatores que influem nas avaliações e consequentes projeções, a questão é comportar-se de modo distinto. Um grupo de países, em ação coordenada, conseguiu um crescimento do PIB de 22,6% enquanto reduzia suas emissões em 6,6%.